Imagem da Nasa mostra dois momentos do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, em setembro de 2002 (D) e em 2001. Foto: Nasa
Washington (AFP) – O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, que se forma anualmente entre setembro e outubro, foi em 2012 o segundo menor em 20 anos devido a temperaturas menos frias, segundo a Agência Americana Oceanográfica e Atmosférica (NOAA).
A NOAA detalhou nesta quarta-feira 24 que a superfície média do buraco foi de 17,9 milhões de km2, de acordo com as medições de um satélite da Nasa. “As temperaturas foram um pouco mais quentes este ano na alta atmosfera, sobre a Antártida, o que permitiu uma destruição menor do ozônio em comparação com o ano passado”, explicou Jim Butler, do laboratório de pesquisas sobre o sistema terrestre da NOAA.
O buraco de ozônio na Antártida alcançou este ano um máximo para a estação em 22 de setembro, com 21,2 milhões de km2, o que equivale à superfície de Estados Unidos, Canadá e México somados. Comparativamente, o maior buraco medido nesta camada teve extensão de 29,9 milhões de km2 no ano 2000.
O buraco começou a se formar a cada ano nos pólos desde a década de 1980 devido aos componentes clorados (clorofluocarbonos, conhecidos como CFC) usados pelo homem no sistema de refrigeração e aerossóis. A produção de CFC foi agora reduzida praticamente a zero, graças ao protocolo internacional firmado em 1985 em Montreal, mas estas substâncias químicas persistem muito tempo na atmosfera.
Importância da Camada de OzônioO ozônio, uma molécula composta de três átomos de oxigênio, se forma na atmosfera, onde filtra os raios ultravioleta do sol que danificam a vegetação e podem provocar câncer de pele. O frio intenso se mantém como fator principal deste escudo natural.
Sob o efeito do frio, o vapor d’água e as moléculas de ácido nítrico se condensam para formar nuvens nas camadas baixas da estratosfera. Nestas nuvens se forma cloro, o que contribui para a destruição do ozônio.
Apesar da aplicação do Protocolo de Montreal há mais de duas décadas, talvez seja necessário passar 10 anos mais antes que se comece a regenerar a camada de ozônio da Antártida, segundo cientistas do NOAA.
Paul Newman, cientista deste organismo, calcula que a camada de ozônio da Antártida não recuperará seus níveis de princípio dos anos 1980 antes de 2060.
* Publicado originalmente no site Carta Capital.
Buraco na região do pólo sul da Terra, Camada de Ozônio. Fonte: eco.ib.usp.br Ontem (16) foi o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio e o Brasil tem motivos para comemorar. Entre 2012 e 2015, o país reduziu em 16,6% o uso de...
por Cristina Ávila, do MMA Recuperação de danos à estratosfera é o melhor em 35 anos.Nesta terça-feira (16/9) celebra-se o Dia de Preservação à Camada de Ozônio. Esse filtro natural que protege a vida na Terra contra radiações SOLARES excessivas...
por Laura Gelbert, da Rádio ONU Foto: Banco Mundial/Curt CarnemarkSegundo agência da ONU, história de sucesso deve encorajar ação sobre clima; nova avaliação está em documento publicado pelo Pnuma e a OMM. A camada de ozônio protetora da Terra...
Camada de ozônio se fecha e abre esperanças por Marcela Valente, da IPS Cientistas argentinos coincidem em afirmar que ocorre uma recuperação da camada de ozônio, protetora da biosfera ao filtrar a radiação solar ultravioleta, mas ainda são...
Artista chinesa doa estátua que representa proteção à camada de ozônio por Redação do EcoD Estátua que representa a deusa Nüwa e a proteção da camada de ozônio. Foto: DivulgaçãoDe acordo com a tradição chinesa, a deusa Nüwa fundiu certa...