| Unidades de Conservação | | | Patrimônio sob ameaça Riquezas naturais do Rio estão ameaçadas pela falta de fiscalização. Em todo o estado, há 71 funcionários do ICMBio para tomar conta de 42 unidades de conservação federais. Na prática, há um fiscal para cada 51Km². Na Reserva Biológica de Tinguá, uma área de pouco mais de 26 mil hectares, atuam apenas quatro fiscais. Até bem pouco tempo, o próprio chefe da reserva acumulava a função de fiscal da área. A Reserva Biológica de Poço das Antas, de cinco mil hectares, também tem apenas quatro fiscais. Em fevereiro, quando um incêndio destruiu mil hectares da reserva, que abriga o ameaçado mico-leão-dourado, foi preciso mobilizar amigos de funcionários, ex-servidores e parceiros para combater as chamas - O Globo, 13/8, Rio, p.10. | | ICMBio fez três concursos desde 2007 Desde 2007, ano de criação do ICMBio, apenas três concursos foram realizados, e mesmo assim para abastecer unidades de conservação na Amazônia, onde o cenário é ainda mais desfavorável. Em nota, o ICMBio informou que são realizadas operações de rotina e específicas, com reforço de outras instituições, como Polícia Federal, Ibama, Inea e prefeituras. Segundo o órgão, nos últimos cinco anos, foram emitidas mais de 1,3 mil multas, que resultaram em apreensões, demolições de construções irregulares e recuperação de áreas degradadas no interior e no entorno das unidades de conservação - O Globo, 13/8, Rio, p.10. | | |
| Água | | | Agência federal manda SP liberar mais água A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a fim de que a empresa triplique a quantidade de água enviada da represa do rio Jaguari para o rio Paraíba do Sul, que abastece 15 milhões de pessoas, a maioria no Estado do Rio. Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), a vazão atual é necessária para evitar problemas no abastecimento humano de água em São Paulo. Para a Aneel, a medida coloca em risco o sistema elétrico, se esse exemplo for seguido por outros Estados. A Cesp, que tem 15 dias para se explicar, pode ser punida com advertência, multa e retirada da concessão da usina - FSP, 13/8, Cotidiano, p.C3; OESP, 13/8, Metrópole, p.A16. | | Abastecimento em risco A decisão da Cesp de reduzir a vazão do Rio Jaguari compromete o abastecimento de água de 41 municípios, 15 em São Paulo e 26 no Rio, incluindo a capital, segundo estudos da Agência Nacional de Águas (ANA). Já o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertou, em nota, para o "colapso no abastecimento de água" de todas as cidades ao longo do Rio Paraíba do Sul nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O órgão apontou ainda outras duas consequências da retenção de água pela Cesp: o esvaziamento dos reservatórios das usinas de Paraibuna, Santa Branca e Funil, e a a redução de cerca de 130 megawatts médios de geração de energia nessas usinas - O Globo, 13/8, Economia, p.21; FSP, 13/8, Cotidiano, p.C3; OESP, 13/8, Metrópole, p.A16. | | No interior, seca quebra safras, para indústrias e encalha hidrovia A falta de chuvas espalha prejuízos por todo o interior de São Paulo. Com rios e mananciais quase secos, atividades agrícolas e industriais são suspensas e há quebra nas lavouras. Só na Hidrovia Tietê-Paraná, que está paralisada, o prejuízo chega a R$ 200 milhões. A falta de água afeta diretamente a economia dos 19 municípios que estão oficialmente em racionamento. Desde abril, pelo menos 3 mil postos de trabalho foram fechados, segundo o diretor de Meio Ambiente da Fiesp, Eduardo San Martin. Ele acredita que as dispensas têm relação com a crise hídrica. A emissão de outorgas para captação de água para uso industrial foi suspensa. No Estado, a estiagem prolongada causou perdas de até 25% na safra de café, de 10% nas plantações de cana e de 10% no trigo - OESP, 13/8, Metrópole, p.A16. | | Sabesp tem aval para 2ª cota do volume morto O DAEE autorizou a Sabesp a iniciar as obras necessárias para a retirada da segunda cota do "volume morto" do Sistema Cantareira e a primeira parte da reserva profunda do Alto Tietê. Os dois principais mananciais paulistas, que abastecem mais de 10 milhões de pessoas na Grande São Paulo, atravessam sua pior estiagem. Nesta terça-feira, 12, o Cantareira estava com 13,6% da capacidade, graças à primeira cota do volume morto, e o Alto Tietê com 18,6%. A Sabesp deve comprar em breve 19 bombas flutuantes para fazer a captação inédita nos dois sistemas - OESP, 13/8, Metrópole, p.A16; FSP, 13/8, Cotidiano, p.C4. | | |
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