| Água | | | Cantareira pode encher em um ano, diz governo Contrariando estimativas feitas por especialistas e pela própria Sabesp, o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, afirmou ontem que o Sistema Cantareira pode se recuperar completamente em um ano caso volte a chover dentro da média histórica nos reservatórios a partir de novembro. Segundo ele, a chance de que isso ocorra é de 50%. Ontem, o principal manancial paulista atingiu a marca de 10% da capacidade. Restam disponíveis apenas 97,3 bilhões de litros da primeira cota do chamado volume morto. A Sabesp pretende utilizar mais 106 bilhões de litros da reserva profunda para manter o abastecimento de água na Grande São Paulo até março de 2015 sem decretar racionamento oficial - OESP, 10/9, Metrópole, p.A22. | | Crise da água não é culpa de São Pedro, diz relatora da ONU A relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à água, a portuguesa Catarina Albuquerque, afirmou ontem que a crise da água em São Paulo não é culpa de São Pedro, mas das autoridades. "A responsabilidade é do Estado, que precisa garantir investimentos em momentos de abundância", disse. Em nota, a Sabesp afirmou que não há racionamento nas 354 cidades onde opera e que investiu R$ 9,3 bilhões entre 1995 e 2013 para melhorar o abastecimento de água - OESP, 10/9, Metrópole, p.A22. | | Resgatar o Rio do atoleiro no saneamento "A Baía de Guanabara consumiu, nas últimas duas décadas, quase R$ 3 bilhões de dinheiro público com um programa de despoluição que não atingiu as metas relativas à coleta e tratamento de esgoto. Suas águas continuam se degradando a um ritmo em que se contabilizam 18.400 litros de esgoto doméstico, sem qualquer tratamento, nelas despejados por segundo. O Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, pilotado pelo poder público, através da Cedae, já atravessou sete governos. Na contramão desse naufrágio, municípios que privatizaram o sistema de água e esgoto, por meio de concessões a empresas especializadas, destacam-se na avaliação do Instituto Trata Brasil", editorial - O Globo, 10/9, Opinião, p.20. | | |
| Geral | | | Tatu-bola ganha área de preservação O Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola será a maior área de preservação de Pernambuco. A criação foi aprovada pelo Consema, e está dependendo da assinatura do governador João Lyra Neto para sair do papel. A previsão é que o decreto seja publicado até o final desse mês. O Refúgio se estenderá por 110 mil hectares no semiárido, abrangendo três municípios: Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, todos no sertão do São Francisco. A caatinga ocupa 83% do território pernambucano, mas só restam 45% da cobertura original do bioma no estado, motivo pelo qual o tatu-bola está cada vez mais raro. Calcula-se que 50% do hábitat do tatu-bola foram perdidos ao longo da última década - O Globo, 10/9, Sociedade, p.28. | | Empresas apoiarão acordo climático global O combate ao aquecimento global depende mais de empresários e governos locais e menos de pesquisadores e governos centrais, diz o indiano Rajendra Kumar Pachauri, líder do painel do clima da ONU, o IPCC. "Não acredito que um pacto internacional seja o único meio com o qual possamos e devamos combater as mudanças climáticas", diz em entrevista. "Mais empresas estão tomando consciência dos riscos que enfrentam se nada for feito em relação às mudanças climáticas. Quando essa consciência alcançar uma massa crítica -e creio que estamos chegando a esse ponto-, veremos uma poderosa força em favor da ação vinda do setor das empresas" - FSP, 10/9, Ciência, p.C9. | | Pesca industrial e turismo predatório ameaçam pescadores No livro "Gente do Mar", o historiador Ricardo Maranhão relata visitas a 25 comunidades pesqueiras do litoral brasileiro. Seu alvo foram as comunidades menos acessíveis, que preservam o modo de vida de pescar e de se alimentar. Os peixes e os frutos do mar assados na brasa, as frutas nativas, o café socado no pilão adoçado com rapadura, os tubérculos plantados nos pequenos roçados. A diminuição da pesca artesanal, massacrada pela pesca industrial e pelo turismo predatório, tem levado ao desaparecimento gradativo destas comunidades. Ele ouviu comunidades que se queixam da redução da fauna marinha e outras que se articularam para promover a fiscalização da atividade pesqueira e a criação de áreas prioritárias da pesca artesanal para salvaguardar as riquezas do mar - FSP, 10/9, Comida, p.F4. | | |
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