| Amazônia | | | Após 70 anos, 'soldados da borracha' são indenizados Quase 70 anos após o fim da Segunda Guerra, o governo federal começou a indenizar no dia 2 de março os "soldados da borracha", como ficaram conhecidos os retirantes recrutados no Nordeste para extrair o produto na Amazônia e abastecer a indústria bélica americana. Cada soldado e descendente (são 11.900 ao todo), receberá indenização de R$ 25 mil até o fim do ano. Segundo a Previdência Social, o montante será de R$ 289 milhões. Mais da metade dos beneficiários é do Acre (6.895), seguido pelo Amazonas (1.917). Entre 1942 e 1945, mais de 50 mil pessoas desembarcaram na Amazônia com falsas promessas de fartura, benefícios trabalhistas e até pedaços de terra. Atualmente, restam pouco mais de 5 mil ex-soldados vivos - FSP, 10/3, Cotidiano, p.C5. | | |
| Água | | | SP já depende mais do Guarapiranga Após quatro décadas de existência - e um ano da pior seca da história -, o Cantareira perdeu o lugar como maior produtor de água de São Paulo para o Guarapiranga. Em fevereiro, a represa situada na zona sul da capital paulista conseguiu produzir 460 litros por segundo a mais do que o manancial em crise e passou a atender cerca de 5,8 milhões de pessoas, 200 mil a mais do que o Cantareira, de acordo com a Sabesp - OESP, 10/3, Metrópole, p.A15; FSP, 10/3, Cotidiano, p.C6. | | Mesmo com multa, 19% gastam mais água Mesmo com a aplicação de multa, 19% dos consumidores aumentaram o consumo de água em fevereiro, segundo a Sabesp. A sobretaxa, que entrou em vigor em janeiro e passou a valer nas contas de fevereiro, leva em consideração o consumo mensal que ultrapassa a média do período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. A sobretaxa é de 40% sobre o total da tarifa para aumento de consumo de até 20% da média. O acréscimo sobe para 100% se o consumo for superior a 20%. Segundo a Sabesp, dos clientes que ultrapassaram a meta de consumo de água, 7% gastaram menos de 10 metros cúbicos e não "foram enquadrados" - OESP, 10/3, Metrópole, p.A15. | | Secretário compara situação de crise a uma 'guerra' Em entrevista ontem ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do estado de São Paulo, Benedito Braga, afirmou que é "importante entender que estamos vivendo uma situação de guerra, de difícil previsibilidade". Em janeiro, antes de assumir como presidente da Sabesp, Jerson Kelman também havia dito que as obras anunciadas a médio prazo pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) para aumentar a oferta de água na Grande São Paulo deveriam ser tratadas como "ações de guerra" - OESP, 10/3, Metrópole, p.A15. | | |
| Mudanças Climáticas | | | Não há como fugir da sustentabilidade "Muitos líderes políticos estão ignorando uma crescente crise ambiental, pondo em perigo seus próprios países e outras nações. As notícias sobre megassecas e escassez de água doce vêm tanto do Brasil como da Califórnia como de países palcos de conflitos no Oriente Médio. A crescente população do mundo, as alterações climáticas induzidas pelo homem e o uso excessivo de água doce para as necessidades de irrigação e urbanas estão, todos, alimentando o potencial para catástrofe. Nossa nova realidade é caracterizada por secas, ondas de calor, tempestades extremas, elevação do nível do mar e padrões climáticos instáveis. Se não agirmos com visão de longo prazo e basearmos nossas ações em evidências científicas, o estresse hídrico, a insegurança alimentar e crises sociais não demorarão muito a chegar", artigo de Jeffrey Sachs - Valor Econômico, 10/3, Opinião, p.A13. | | |
| Biodiversidade | | | O novo marco legal da biodiversidade "Há cerca de um mês, a Câmara dos Deputados aprovou o novo marco legal para acesso ao patrimônio genético do país. Na condição de vice-presidente da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e executivo da Natura Cosméticos, defendi a mudança da medida provisória (MP) de 2001, que regulamentava o tema. O texto aprovado pela Câmara, ainda que não tenha obtido consenso no plenário, promove um grande avanço em relação à lei vigente. Passados mais de 13 anos desde a publicação da MP de 2001 -que, por vícios de origem e desvios ideológicos, paralisou a pesquisa sobre a nossa diversa biodiversidade-, a sociedade brasileira aguarda uma resposta conclusiva do Senado", artigo de Rodolfo Guttilla - FSP, 10/3, Tendências/Debates, p.A3. | | |
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