| Biodiversidade | | | Houve retrocesso na biodiversidade O movimento socioambiental considera que houve retrocesso na votação na Câmara dos Deputados do projeto de lei 7735/14, conhecido como o "novo marco legal da biodiversidade". A Câmara confirmou 12 das alterações feitas pelos senadores ao projeto e rejeitou 11 mudanças da proposta que trata sobre os recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade. A bancada ruralista, que indicou o relator, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), comandou a aprovação do relatório em sua totalidade contra protestos de PT, PDT, PCdoB e PSOL de que o projeto não atendia às comunidades tradicionais e povos indígenas - Valor Econômico, 29/4, Política, p.A9. | | |
| Energia | | | Aneel impõe derrota a Belo Monte e usinas do rio Madeira A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resolveu dar um basta na avalanche de pedidos de "anistia" por atrasos sucessivos nas obras dos três maiores empreendimentos do setor na região amazônica, levantando questionamentos sobre o futuro desses projetos. As usinas hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte tiveram seus argumentos solenemente rejeitados e veem agora o risco da abertura de verdadeiros rombos financeiros para repor a energia que não foi entregue aos consumidores finais - Valor Econômico, 29/4, Empresas, p.B2; O Globo, 29/4, Econoima, p.24; OESP, 29/4, Economia, p.B1. | | |
| Geral | | | Desmatamento será concentrado em onze regiões Onze regiões do mundo serão responsáveis por mais de 80% da perda mundial de florestas até 2030, segundo uma pesquisa divulgada ontem pela WWF. Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, no Brasil, estão entre elas. A maior parte, aliás, está nos trópicos. De acordo com o levantamento, até 170 milhões de hectares de vegetação poderão desaparecer neste período, caso se mantenha a tendência atual de desmatamento - O Globo, 29/4, Sociedade, p.28. | | Ministra do Meio Ambiente muda presidência do Ibama A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, convidou Marilene Ramos, ex-diretora do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio, para assumir a presidência do Ibama. A decisão de Izabella pegou de surpresa o atual presidente do Ibama, Volney Zanardi, que estava no comando do instituto desde maio de 2012. Volney Zanardi voltará para a Agência Nacional de Águas (ANA), onde é funcionário de carreira. O plano de Izabella é realocá-lo como assessor da presidência da ANA, comandada por Vicente Andreu. A troca de comando na área ambiental também afetou o ICMBio. O posto, até agora ocupado por Roberto Vizentin, passará para Cláudio Maretti, funcionário da organização ambiental WWF - OESP, 29/4, Metrópole, p.A15. | | Cantareira cai; Alckmin garante água O nível do Sistema Cantareira caiu ontem pela primeira vez em 85 dias. Mesmo com a perspectiva de que o manancial inicie agora uma nova trajetória de queda no período seco, que vai até setembro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem a empresários paulistas que "não vai faltar água" neste ano. Segundo a Sabesp, o Cantareira chegou ontem a 20% da capacidade, considerando as duas cotas do volume morto. O índice é 0,1 ponto porcentual menor do que o registrado no dia anterior. Foi a primeira vez em quase três meses que a quantidade de água retirada dos reservatórios para abastecer, atualmente, 5,4 milhões só na Grande São Paulo, superou a vazão de entrada no manancial - OESP, 29/4, Metrópole, p.A15. | | Em 35 anos "Este ano, o mundo negocia o novo acordo global sobre mudanças climáticas que possam limitar o aumento da temperatura média global em dois graus. Precisamos promover uma descarbonização profunda da economia, chegando a próximo de zero de emissões líquidas em meados do século. Num mundo que emite mais 50 bilhões de tCO2e por ano, parece uma meta inalcançável ou muito ambiciosa, mas não é. Nos últimos 15 anos, a energia solar e a eólica saíram de quase zero para mais de 300 GW de capacidade instalada do planeta. O desmatamento na Amazônia caiu de 27 mil para 5 mil km2 por ano em uma década. É perfeitamente possível atingirmos metas extremamente ambiciosas e necessárias até 2050, como 100% de energias renováveis, eletrificação do transporte, zerar o desmatamento e tornar as emissões agrícolas neutras", artigo de Tasso Azevedo - O Globo, 29/4, Opinião, p.19. | | Desatar o nó da Agenda Pós-2015 "A ONU finalmente dará passo de imenso alcance histórico em direção à sustentabilidade do desenvolvimento, embora com muito atraso. Por pior que seja o desfecho do amplo processo de consultas globais, debates internacionais e negociações multilaterais sobre a Agenda Pós-2015, em setembro o mundo terá Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), no lugar dos anacrônicos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Fato por si só auspicioso, mas com avanços conexos que elevarão o valor sustentabilidade a um novo patamar. Ou que talvez até mudem o paradigma, se os negociadores ouvirem a ciência com muita atenção", artigo de José Eli da Veiga -Valor Econômico, 29/4, Opinião, p.A13. | | |
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